Membros da Guarda Universitária agridem moradoras do CRUSP

Fonte: AMORCRUSP — Associação de Moradores do CRUSP
Data: 19/04/2010
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Membros da Guarda Universitária agridem moradoras do CRUSP

Na última madrugada de sábado para domingo (18 de Abril), membros da Guarda Universitária, comandados pelo agente Beltrame, vieram ao CRUSP (Conjunto residencial da universidade de São Paulo), e agrediram publicamente duas estudantes. A Guarda universitária tentou entrar na sede da Associação de Moradores do CRUSP, onde ocorria uma confraternização. Os agentes da guarda, descontentes com o seu próprio insucesso em acabar com a atividade, passaram a coagir três estudantes estrangeiras, impedindo-as fisicamente de voltar aos seus apartamentos. Algumas moradoras buscaram dialogar com os membros da Guarda universitária para que a coação parasse, então os guardas empurraram por três vezes uma das moradoras e torceram seu braço. Indignada com a violência presenciada, outra estudante interferiu em defesa da colega, ao que um dos guardas respondeu com um soco em seu rosto. Tal brutalidade ocorre, coincidentemente, na data que marca o aniversário de um mês da retomada do espaço da moradia do Bloco G por cruspianos e candidatos a moradores. As agressões ocorreram publicamente, os presentes ficaram revoltados. Vários moradores desceram de seus apartamentos, começaram um protesto contra a atitude truculenta e, conjuntamente, expulsaram a Guarda Universitária do CRUSP.

Beltrame, comandante da ação, junto com Ronaldo Pena (Chefe da Guarda Universitária) pretendem transformar a Guarda Universitária da USP em um aparelho repressor ainda mais violento e arbitrário. No início deste ano o mesmo Beltrame, já havia vindo ao CRUSP acabar com uma festa no alojamento coletivo, quando mostrou sua prática coercitiva, se apossando da chave da moto de um morador arbitrariamente o que, de acordo com o código penal, é furto. Percebe-se que a Guarda, por diversas vezes, tenta acabar com as confraternizações no CRUSP, como se elas fossem proibidas e, quando não tem sucesso, parte para atitudes violentas contra quaisquer pessoas, espelho do que a PM faz nas periferias.

Ironicamente, o reitor empossado João Grandino Rodas — que se coloca como “Reitor do diálogo” — aprova a retirada da resolução, que autorizava a entrada da Polícia Militar no campus, criada por ele mesmo anteriormente, quando diretor da Faculdade de Direito. Na periferia da cidade universitária constatamos que esta resolução não tem efeito: anteriormente ao ocorrido com a Guarda Universitária, dois membros da PM, um deles sem identificação, vieram armados até esta mesma confraternização que ocorria no dia 18/10 na sede da Associação, identificaram dois dos presentes e ameaçaram verbalmente, dizendo, entre outras atrocidades: “A PM entra aqui quando bem entender”. A tática coercitiva, empregada contra moradores do CRUSP, fato que há muito denunciamos, sustentada pela COSEAS no “Programa de ação comunitária e segurança” de Rosa Godoy, Marilia Zalaf, Marisa Luppi e Ronaldo Pena, mostra-se muito mais ampla e amparada por toda burocracia universitária. É necessária uma luta conjunta contra esta política, que esta corja, contando com a conivência de Rodas, tenta impor à universidade.

Punição de todos os responsáveis, diretos e indiretos, pelas arbitrariedades dos membros da Guarda!

Fora Marilia Zalaf, Marisa Luppi e Ronaldo Pena!

Fora PM do campus!

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Gestão Coletiva Aroeira
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