Pelo fim da perseguição aos moradores do CRUSP: todo apoio à ocupação

PCO online
23/03/2010, 18:00
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Pelo fim da perseguição aos moradores do CRUSP: todo apoio à ocupação

Em ocupação da sede da Coordenadoria da Assistência Social (Coseas), estudantes divulgam documento que denuncia intenção da universidade de aumentar repressão aos moradores do CRUSP

O Conjunto Residencial dos moradores da USP (CRUSP), desde sua criação, resultado da luta dos estudantes, foi um problema para a reitoria. É um local em concentra estudantes que participam ativamente das lutas, como foi o caso das greves e na última ocupação da reitoria.

A situação do CRUSP se tornou uma panela de pressão. Por ano, são cerca de 500 novos pedidos de moradia e nenhuma vaga a mais. Cada estudante cursa de quatro a sete anos a universidade e em geral sua vida econômica não muda nestes anos de estudo. Não apenas que não aumentaram, como diminuíram as vagas. O local em que está localizado o prédio da reitoria pertencia ao CRUSP, assim como o local em que está instalada a Coseas (Coordenadoria da Assistência Social).

Vale ressaltar as condições em que estão os prédios, sem manutenção. A sede da Coseas que agora está ocupada pelos estudantes, está muito arrumada, com paredes pintadas, sofá com bons estofados, prateleiras novas, tudo em perfeito estado para a burocracia da universidade monitorar a vida dos estudantes. Enquanto isso, os prédios em que moram os estudantes os fios estão desencapados, os canos expostos, as paredes mofadas, entre outros problemas.

No entanto, a principal preocupação do órgão criado pela reitoria é a repressão dos estudantes. O documento encontrado pelos moradores afirma que são 10 projetos de “segurança” para a moradia.

É um documento no qual a diretora da Coseas e suas assistentes elaboram um rigoroso programa de controle a ser imposto aos estudantes moradores do CRUSP.

O documento afirma “num ambiente confuso, que une os que protestam e os que praticam delitos”, há “lideranças internas do CRUSP em dois grupos: o primeiro, de lideranças políticas profissionais, pertencentes a partidos ou organizações sociais de extrema esquerda que protestam o tempo todo, contra tudo o que signifique tentativa de manutenção da ordem; e o segundo, como um conjunto formado pelos que cometem atos ilícitos conseqüentes à drogadição”.

O documento ainda prevê a compra de lanternas de longo alcance; rádios HTS para uso dos agentes comunitários em comunicação com a guarda universitária; detectores de metais manuais (discretos com sinalizadores embutidos); quatro binóculos de visão noturna de longo alcance; sete botões de pânico para as portarias; oito câmeras móveis de alta resolução com zoom em DOME, camufladas, a serem colocadas futuramente, três no corredor central e cinco nas periferias.

Os estudantes devem ampliar o movimento da ocupação e extinguir este órgão que tem como única função a fiscalização e perseguição dos estudantes.

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